O aniversário dos 517 anos do Rio
São Francisco será lembrado nesta quinta-feira (4), em Juazeiro - BA, com um
motivo a mais para comemorar. Durante as festividades, o Ministério do Meio
Ambiente, através da Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental,
anuncia a liberação de um aporte no valor de R$ 262.520,40 para a continuidade
do projeto de recuperação de áreas degradadas do bioma Caatinga, incluindo a
recuperação das matas ciliares do Rio São Francisco.
O projeto, uma parceria
público-privada entre a Agrovale e o Centro de Referência para Recuperação de
Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), da Universidade Federal do Vale do São
Francisco - Univasf, começou em 2016.
Desde então, vários trabalhos estão sendo realizados no sentido de reflorestar
este que é o único ecossistema integralmente brasileiro com 4,5 mil espécies
vegetais, mas com desafios importantes sobre as melhores técnicas de restauração
de matas ciliares.
À frente de uma equipe
multidisciplinar de biólogos e engenheiros agrônomos, o professor da Univasf
(Campus de Ciências Agrárias, Petrolina, PE), José Alves de Siqueira, acompanha
também a recuperação das matas ciliares através do desenvolvimento de espécies
típicas como jatobá, ingazeira e o marizeiro, a partir do manejo dos locais
invadidos pelas algarobas. Estima-se que a algaroba já invadiu cerca de 1
milhão de hectares da Caatinga. Ainda durante os trabalhos, são identificados os
melhores modelos para a recuperação das áreas ribeirinhas do Velho Chico.
Invasão
Biológica
De acordo com José Alves, o aporte
financeiro chega em boa hora pois os trabalhos realizados, por exemplo, com a
invasão da algaroba estão ajudando a diminuir os impactos negativos para o
ecossistema. “A invasão biológica da algaroba é um dos maiores gargalos para a
recuperação das matas ciliares do Velho Chico e nossos esforços concentrados
(Univasf e Agrovale), estão no caminho certo para a solução deste problema”.
A coordenadora de Meio Ambiente da
Agrovale, Thaisi Tavares, também comemorou o aporte do recurso lembrando que o
convênio vai até junho de 2019. “Nossa população precisa se conscientizar da
gravidade que são as invasões de espécies exóticas, do desmatamento e da
degradação ambiental. Ao buscarmos a conservação das espécies e a reintrodução
de espécies nativas, conseguimos um meio ambiente mais equilibrado e assim bem
mais agradável”, concluiu.
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